sábado, 6 de julho de 2013

Avivamento e missões - A história moderna


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Girolamo-Savonar
SAVANAROLA

O estado da igreja romana no meado do Século XV e a degradação da religião pelos papas é fato incontestável na história; com o crescimento da corrupção moral do clérigo, ele, Girolamo-Savonarola, após deixar Florença por causa do desprezo por ser um pobre orador, voltou dez anos depois e quando viu o nível desprezível de vida dos lideres religiosos, decidiu aproximar-se mais de Deus e do estudo da palavra, por volta do ano 1470, com oração e jejum iniciou o trabalho de reforma da Igreja em Florença, com habilidade impediu uma guerra contra a França do Púlpito. Miliano diz: Nos dias em que o superior de S. Marcos pregava, as ruas ficavam quase desertas; as casas, as escolas, e as lojas eram fechadas. Nenhuma canção obscena era ouvida, mas sim cantavam-se alto ou baixo, cânticos de louvor, salmos ou hinos espirituais. Vasta soma de dinheiro eram dadas como compensação de dívidas antigas ou em virtude de ganhos ilícitos. As vestimentas se tornaram mais sóbrias e modestas... Os convertidos não provinham somente de classes inferiores, mas homens da mais alta fama nas artes, nas letras, tornavam se os mais devotados sendo alguns deles honrados atualmente. Conta-se que em 1497, jovens seguidores do monge saíram coletando tudo que era vaidade e incitava ao pecado e a queda moral: espelhos, cosméticos, fotos obscenas, livros pagãs ou imorais, esculturas, mesas de jogos, instrumentos musicais, roupas caras de mulheres e chapéus eram entregues voluntariamente como arrependimento e confissão de pecado. Outros objetos foram enviados e queimados todos na praça de Signaria em Florença. A transformação no país foi tanta que os templos enchiam nas horas de oração. Também a Bíblia era lida diligentemente. “A fama desse maravilhoso pregador divulgou-se pelo mundo, por meio de seus sermões impressos, que o próprio Sultão Turco ordenou que fosse traduzido para seu próprio estudo. Ele era o arauto da reforma e seu interesse era simplesmente regenerar a fé cristã e é claro que por essa razão entrou em conflito com o papa que insuflou a população contra o homem de Deus que tendo a população contra ele deu liberdade para que a igreja romana o matasse, em 1498. A população logo após a sua morte percebeu o que fizera e arrependeu-se, a própria igreja propôs canonizá-lo, Savonarola morreu, mas o seu avivamento não desapareceu como a sua vida. 
CHARLES GRANDISON FINNEY
 
O Avivamento dos tempos de Finney varreu todo os estados do norte dos Estados Unidos. Neste avivamento, grande parte da contribuição dos leigos se fez sentir e quase apagou a atividade dos pastores. O povo vinha quebrantado perguntando o que deveriam fazer para serem salvo. As reuniões de oração diária a partir de Boston cresceram tanto que em uma semana calculou-se cinquenta mil conversões; depois Nova York, de onde contagiou todos os Estados Unidos. Ainda nos diz Roselee e Stela Dubois: “Uma influência divina parecia invadir a vasta região”. Calculou-se que durante esse avivamento, não menos que quinhentas mil almas foram convertidas.
Mais uma vez fala-se de milhões de convertidos em avivamentos. Não devemos duvidar de que nos avivamentos a ação do Espírito Santo é completa; a abrangência chegava aos poderes governamentais; a ação e a assistência social era completa; as obras evangélicas se multiplicaram, isso é a missão da igreja. A tarefa suprema da igreja é a evangelização do mundo. Isso não quer dizer que devam se fechar para outra atividades mas qualquer atividade deve visar o bem estar do homem no sentido integral. Nas palavras de O. Smith, no livro ‘O Fogo Consumidor’, “um avivamento começa com o povo de Deus, porque mais cedo ou mais tarde, se for um genuíno avivamento resultará na salvação de almas.” E ele mesmo completa: “No avivamento não se tem que insistir com homens e mulheres para serem salvos; homens mulheres apelam a nós para que lhes mostremos o caminho da salvação, pois que estão sob terrível convicção de pecado.”
Isso confirma o que que tenho defendido até aqui. Quando o Espírito Santo está a frente de um movimento, inicia-se incendiando o local e termina transpondo barreiras, primeiro muda a vida dos salvos para depois enchê-los de amor pelos perdidos. Assim Deus usa seus servos, mas de igual modo, age na vida dos pecadores, colocando neles alta convicção de pecado. No ano de 1895, em um avivamento na Irlanda pessoas se mostravam tão fracas que caíam no meio das ruas e horas depois ainda eram vistas lutando com Deus para que as salvasse. Tomadas por forte sensação de estarem descendo para o inferno; agora sentiam uma vontade de viver, viver só para Deus e nada mais importava. Nesse mesmo ano, outra vez no país de Gales foi incendiado com um avivamento que resultou em cem mil convertidos.

D. L. MOODY
Henry Varley, um amigo muito íntimo do Sr. Moody nos primeiros dias do seu trabalho, gostava de contar como Moody lhe disse uma vez: “ainda está para ser visto o que Deus poderá fazer com um homem que se consagre completamente a Ele.". E o Sr. Henry Varley disse ao Sr. Moody: “Bem, eu sei quem é este homem.” O Dr Torrey, Ainda tentando explicar porque Deus usou o Sr. Moody, deu sete razões, para não fugir do meu objetivo vou destacar apenas duas das razões: um dos pontos era a paixão consumidora pelas almas. Ele havia decidido logo após ter sido salvo, que não deixaria sua cabeça ignorar por vinte quatro horas a necessidade de falar pelo menos com uma pessoa sobre a condição da sua alma. A sua vida era muito ocupada, e às vezes ele esqueceria da sua resolução até a última hora, e às vezes ele sairia da cama para falar com alguém sobre a sua alma e da necessidade que tinha do Salvador. Sem discriminar o mais simples do mais nobre ele falava com a mesma paixão para o garoto na rua ou para o nobre nos palácios. Se nós tivéssemos a mesma paixão pelas almas Deus não nos enviaria um avivamento?
Outro ponto para destacar o porque Deus usou Moody? Foi ele ter sido dotado do poder do alto, por ser um homem de oração ele conheceu um batismo muito definido e claro como o Batismo no Espirito; O enchimento do Espirito, como é mais conhecido por outros e ele não teve nenhuma duvida sobre isso. Conta-nos ainda o Sr. Torrey, que era amigo intimo de Moody: Nos primeiros dias do seu trabalho para Deus, ele tinha um grande desejo de fazer algo, mas ele não tinha nenhum real poder. Ele trabalhou muito em grande parte na energia da carne.
Mas haviam duas mulheres humildes da Igreja Metodista Livre que ingressaram nas reuniões dele no Y.M.C.A. Estas duas mulheres viham ao Sr. Moody no fim das sua reuniões e diziam: “Nós estamos orando por você!” Finalmente, irritado o Sr. Moody lhes perguntou numa noite: “Por que vocês estão orando por mim? Por que vocês não oram pelos não salvos?” Elas responderam: “Nós estamos orando para que você receba o poder.” O Sr. Moody não sabia o que isso significava, mas ele começou a pensar nisto, e então se dirigiu às duas mulheres e disse: “Eu desejo que você me contem o que vocês querem dizer!” e elas lhe falaram sobre o batismo definido com o batismo no Espírito Santo. Então ele pediu que elas orassem com ele.
E ele não somente orou com elas, mas também orou sozinho. E quando estava um dia em Nova York, no meio da agitação daquela cidade o poder de Deus veio sobre ele de tal maneira que teve que se dirigir apressadamente à casa de um amigo, onde ficou num quarto sozinho por horas enquanto o Espírito enchia a sua alma de tal alegria que ele chegou a pedir a Deus que retirasse a Sua mão dele, porque ele acabaria morrendo naquele lugar tal era intensidade do poder que lhe havia tomado.
Ele saiu daquele lugar revestido com o poder do Espírito Santo, e quando ele chegou a Londres, tal era o poder de Deus na sua vida que centenas foram acrescentados às igrejas, e foi isso que o conduziu a ser convidado para as campanhas que se seguiriam nos anos posteriores da sua vida. No Norte de Londres, uma senhora deficiente orava para o Senhor mandasse Moody para que através dele sua igreja fosse avivada. Moody sem saber, visitou aquela igreja e passou dez dias. Houve tal avivamento que quatrocentas pessoas se converteram. Lugares onde não acreditavam que houvesse resultados, as multidões vinham e ali haviam muitos convertidos. Em uma cidade de nome Edimburgo, houve uma preparação por dois meses e o resultado foi três mil convertidos. Em Manchester três mil pessoas ouviram de Jesus, doze a quinze mil se reuniram para ouvir do evangelho em Birmaniano Ele realizou duzentas e oitenta e cinco reuniões em Londres com nada menos que dois milhões e meio de pessoas. Mas a obra continuou em Londres, Escócia e Irlanda por onde Passou.
Um total de quientas mil preciosas almas ganhas para Cristo, é o cálculo da colheita que Deus fez por intermédio de seu humilde servo, Dwight Lyman Moody. O maior homem do século XIX, era como considerava, com razão, R. A. Torrey, que o conheceu intimamente. Com isso queria dizer que ele, Moody, foi o homem mais usado por Deus para ganhar almas. Não é exagero dizer que, hoje em dia, muitas décadas depois de sua morte, os crentes se referem ao seu nome mais do que a qualquer outro nome depois dos tempos dos apóstolos.

CHARLES HADDON SPURGEON
Outro que merece destaque é Spurgeon, também conhecido como príncipe dos pregadores, filho do pastor Tiago Spurgeon que fugiu da Espanha com sua família na época da inquisição. Um dos tristes período da história da cristandade, onde outra vez o romanismo envergonha com as suas atrocidades; sob o reinado do Imperador Carlos V, um número muito elevado de crentes foram queimados nas praça outros enterrados vivos. em 1567, Felipe II, filho de Carlos V prometeu que ainda que custasse a própria vida, varreria de suas terras, todos os protestantes e como prometeu, iniciou pelos países baixos chegando a mandar para morte dezoito mil pessoas, antes de sua morte.
Por esta razão milhares de crentes fugiram para a Inglaterra, e entre estes estava a família spurgeon. A história de Charles Spurgeon é marcada por um compromisso com Deus e com as almas que pereciam. Sua decisão foi tomada no dia 19 de Junho de 1834 em uma pregação de um sapateiro Metodista inculto e o Espírito naquele dia falou como que apenas para ele. Baseado no tema:“Olhai para mim e sereis salvos, todos os confins da terra!”. Spurgeon disse: “Eu olhei para Deus e Ele olhou para mim e desde então somos um para sempre.” Com um pouco mais de dezessete anos começou a pastorear em Wather beach, viu a Igreja crescer consideravelmente, depois de dois anos, foi chamado para pregar em Park Street, em Londres e lá havia um grupo que orava incessantemente por um avivamento, O templo comportava mil pessoas mas congregava ai um numero irrisório, mas aqueles crentes buscava algo especial, buscava um avivamento glorioso vindo da parte de Deus. No princípio pregou para poucos ouvintes, mas a benção de Deus estava se movendo a favor das preces feitas naquele lugar e as orações eram tão intensas e fervorosas que tocara o céu e o poder de Deus sobreveio de tal maneira que o templo encheu e a princípio foram salvas dezenas de almas. E sob seu ministério aquele prédio não mais comportava as multidões que chegou a cifra entre cinco a nove mil pessoas, as ruas se enchiam de almas para ouvir o pregador de apenas dezenove anos.
O tempo de ampliação do auditório não acompanhou o crescimento do grupo a ponto de quando terminar a ampliação, a quantia já superava em milhares o número de acentos disponíveis no novo templo. A história nos conta que o maior auditório de Londres, o Surrey Music Hall foi alugado para comportar a igreja de Park Street Chapel, quando a notícia sobre a inauguração correu, horas antes do culto multidões se dirigiram para lá para encontrar lugar; um auditório com capacidade para doze mil pessoas, estava lotado e mais dez mil pessoas assistiram ao culto do lado de fora porque não havia lugar. E que dizer do Metropolitan Tabernacle que foi construído para as reuniões com Spurgeon e cerca de cinco mil pessoas enchiam o templo e a cada três meses ele pedia que aos crentes que estiveram lá nesse período que se ausentassem nos próximos três meses para que outros pudessem ouvir de Jesus e assim os crentes faziam, mas o templo era superlotado outra vez por outras pessoas avidas por ouvirem de Jesus.
Em um domingo, ele usou tais palavras:
- “Orem por mim, para que o Espírito de Deus repouse sobre mim, para que eu possa interceder por vocês por um pouco mais com toda a minha força, procurando exortá-los afim de que possam ter um avivamento semelhante no meio de vocês”.
A decadência espiritual era alarmante e a Inglaterra precisava de um avivamento urgente para que a estrutura religiosa não ruísse de vez. Por isso ele exortava com tais rogos a seu favor, continuando sua mensagem ele disse:
“Oh prezados irmãos, O que este coração sentiria se eu pudesse apenas crer que há apenas alguns entre vocês que iriam para casa e orariam por um avivamento da religião – Homens cuja fé é grande o suficiente e cujo amor é suficientemente abrasador para levá-los daqui em diante a interceder incessantemente para que Deus se manifeste em nosso meio e faça coisas tremendas aqui, como nos tempos das primeiras gerações”
Esse é o trabalho pastoral, um pastor não pode esquecer de exortar sua congregação a orar; exortá-los a clamar sempre por um avivamento. A oração de Spurgeon alcançou toda a Inglaterra e até hoje os traços de sua existência marcam a história da Igreja. Ele nos conta que os tipos mais desprezíveis e desprezáveis eram impelidos a orar e arrepender-se de seus pecados, e se procuravam fugir, bebendo ou blasfemando de Deus, o Espírito Santo os levavam a caírem de joelhos clamando a Deus por misericórdia. Escolas e Orfanatos foram fundados por Spurgeon no avivamento da Inglaterra.
Muitos outros avivamentos aconteceram, e em todos eles o resultado era sempre muitas almas convertidas aos pés do Senhor Jesus. Uma unção fluía destas vidas e no abrir de suas bocas, coisas maravilhosas aconteciam.

JOÃO CRISOSTOMO
João Crisóstomo, o “Lábios Dourado”, quando pregava, a igreja era invadida por ouvintes atentos que eram tomados por uma êxtase; irrompiam em palmas e bater dos pés. Incontáveis foram as conversões naquela época. Podemos falar Zwinglio entre os suíços, Calvino em Genebra e o que Deus fez através deles, homens que eram como tochas no meio de “restolho secos”
A partir dos grandes reavivamentos na Europa surgiu o interesse pelas missões.
O século XIX foi de grande desenvolvimento para a igreja cristã. Não vamos descrever aqui a história das missões cristãs deste século, mas vamos abordar para nível de informação alguns avanços feitos.
Na Inglaterra, que já teve duas sociedades missionárias, as Igrejas livres que se expandiram por causa dos avivamentos na Europa, Batistas, Congregacionais, Metodistas, Presbiterianos, Sociedade dos amigos e outras comunidades menores que explodiram em número; todas elas tinam importantes agências missionárias, muitas agências interdenominacionais sustentaram trabalhos missionários para a distribuição de Bíblias e literaturas para a China, Índia, Japão e África. Estes movimentos eram grandes e cresceram ainda mais com o reavivamento missionário. Na Inglaterra começou o movimento missionário moderno entre os séculos XII e XIX.
Eram muitas e imensas as sociedades inglesas para a obra de missões. Também como resultado dos avivamentos iniciou-se na Escócia a obra missionária, nenhuma outra foi tão arrojada por ser tão generosamente mantida e bem dirigida. A Alemanha sentiu os reflexos do reavivamento da Inglaterra. Partindo da sociedade Basileia, logo seis outras estavam funcionando e uma delas começou logo a enviar missionários para a Holanda que mais tarde também já tinha algumas sociedades. Já o protestantismo francês já tinha também as suas organizações missionárias e quase trinta anos depois na Suíça e mais alguns países escandinavos, algumas organizações missionárias já atuavam lá.
É surpreendente as conclusões que chegamos quando estudamos sobre os avivamentos, a durabilidade e a qualidade dos resultados dos desses despertamentos, nos lugares onde o Espírito é derramado sobre as pessoas. Carriker faz menção da permanência dos frutos no livro de Atos, quando os três mil convertidos na primeira pregação de Pedro perseveraram. Ele mesmo nos conta dos convertidos na Polinésia ocidental, 1811, mais de um milhão de convertidos praticantes; isso nos primeiros noventa e seis anos de evangelho naquele país. Nenhum outro resultado se comparou a esse em alcance geográfico. Tudo isso porque o Espírito Santo é quem realiza a obra missionária através de nós. Carriker assevera que “podemos dizer que o Espírito Santo garante o sucesso missionário no mundo”. Longe desse princípio, seremos apenas uma empresa de turismo ou uma agência de empregos, onde os resultados se resumem a satisfação dos seus clientes. Contudo, se o trabalho é feito na unção do Espírito, a presença do servo de Deus evidencia a existência de um Deus vivo, poderoso e presente; assim a verdade do evangelho é evidenciada. Thomas Hoover diz: “A evangelização do mundo baseia-se em dois fatos: primeiro, a ressurreição de Jesus e segundo, o derramamento do Espírito Santo. Estes dois fatores estão ligados intimamente. É somente pelo poder do Espírito que o crente e a Igreja podem anunciar as boas novas da vida em Jesus Cristo, aquele que salva o pecador arrependido e o coloca na família de Deus.”




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