domingo, 28 de dezembro de 2014

O PLANO

Como nas histórias de amor, com paixão arrebatadora e sofrimento cruel, esta história também tem um reino muito distante, onde vive um homem poderoso. Seu reino tornou-se muito rico e famoso pela existência deste nobre misterioso e conta-se que sua fortuna era fruto do seu domínio nas ciências. Os metais e pedras preciosas nasciam em seu reino e ele designava qual era nobre. Apenas conhecido como “Senhor da sabedoria”, isso por causa de sua incomparável inteligência em todo universo, por isso Ele tinha respeito e honra.

Apesar de tudo, ele se dedicava a ajudar um povo muito próximo de seu reino e por esta amor, eles eram alvo de guerras diárias contra um ser que habitou naquele lugar antes deles. O ser do mal, havia sido banido e vagou sem destino com seu exército derrotado até que decidiu voltar e dominar aquele povo.
Qual a razão do amor daquele nobre senhor por esse povo tão pequeno? Sabemos que por eles o Senhor dos senhores daria todo o universo! Mas o pai da maldade, com sua experiência, enganou aquele povo ingênuo e os dominou, desafiando o seu sábio rival, formando assim o cenário para uma guerra! Aquele povo foi infectado pela maldade e logo estariam mortos, palavra tão nova para eles quanto o significado. Doenças sem causas, fome, tristezas e ódio, prazer em destruir até seus semelhantes passou a existir naquele povo. Todos teriam um fim por causa daquele mal. E o seu bem feitor não pôde impedir porque eles eram livres para decidir seu destino e um deles trouxe morte a todos.
Ao ver o sofrimento o sábio decidiu que teria que ajudá-los. “- Eu sei como salvá-los: A cura está no meu sangue!” Disse Ele. As propriedades no sangue do nobre limparia toda enfermidade, restituiria a vida para aqueles que sofriam. Na realidade, o subversivo inimigo não esperava essa possibilidade. Ele festejava ao ver a destruição no lugar e precisava manter aquele povo debaixo de seu controle. Se o  povo  entendesse que o mal não era o fim de tudo, pediriam ajuda e o mal seria vencido.
Então, em conferência na torre forte, ficou decidido o plano: No tempo marcado, o filho do sábios chegaria como um humilde entre o povo e daria todo seu sangue para salvar a todos. O agente enviado do pai, daria vida outra vez e Ele retornaria para o Pai. O remédio, (seu sangue) deveria chegar o mais rápido possível para o maior número de  pessoas. O inimigo lutaria para conter esse avanço, muitos morreriam, mas não deveriam parar! 
O plano estava feito, enquanto o maldito, nas grutas sombrias debaixo da terra, zombava dizendo:  “- Que sentimento é esse? Arriscar a vida de seu filho para salvar esse povo insignificante! Eu o venci,” dizia ele, “eu o vi pendurado sangrando até a última gota!” – rosnava arrogantemente.
Os escolhidos correram levando o sangue purificador, soldados do reino iam com eles. A notícia correu o mundo e todo aquele que tomava do sangue vivia e era liberto do encantamento do mal.
No castelo forte uma janela se abre, o sábio olha o horizonte... e diz:
“- Onde estão vocês filhos amados? Em vocês eu guardei o segredo de minha própria existência! Em vocês está um valor inestimável, muitos tem tentado copiá-los.  Em cada um eu pus algo que não se repete no outro, e os fiz um a um de muitas raças, línguas e costumes, cada um leva algo que só eu sei o valor. A fonte da vida, que muitos têm buscado, o antídoto da eternidade está neles mesmos. Como posso esquecê-los, se meu segredo está com eles e o opressor não o sabe?
Só descansarei no dia que o último for resgatado. Eu os esperarei até o dia em que os portões das minhas moradas se fechem e eu saiba  que os meus estão comigo...
Os que rejeitaram serão destruídos,  para que morram e o meu segredo não seja encontrado.
Vão guerreiros, convencendo cada um para que vivam  e habitem em  meu  reino! Vão levando  a minha mensagem de amor, levem meu próprio sangue derramado por eles. Eu mesmo os guardo  e se um de vocês morrerem em combate, voltarão à vida em meu reino! Adiantem, vão, levem minha mensagem de amor, levem meu próprio sangue derramado por eles!”

– CRÔNICAS DO REINO

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